Edu é o rosto da juventude e Vítor Hugo garante experiência
Edu, eleito recentemente como o quinto melhor guarda-redes do Mundo nos “Futsal Awards”, foi titular no primeiro encontro diante da Polónia e Vítor Hugo, um dos campeões da Europa em 2018, foi o primeiro guarda-redes a entrar em ação no encontro de Lodz.
A luta por um lugar pela baliza tem sido intensa, mas salutar, conforme explicaram os dois guardiões em declarações ao site da Federação Portuguesa de Futebol.
O guarda-redes de 38 anos do SC Braga/AAUM, Vítor Hugo estreou-se ao serviço da Seleção em janeiro de 2007, aos 26 anos, e o fpf.pt desafiou-o a falar sobre este trajeto.
“Foi um trajeto gratificante. Desde 2007 que pertenço a esta família. Nestes últimos anos tenho sido mais regular. No início não o era tanto, mas acho que posso dizer que tem sido percurso muito positivo e que o futuro está entregue. Temos o Edu e temos mais dois ou três [guarda-redes] aí a aparecer com muita qualidade.”
Com 65 internacionalizações, Vítor Hugo diz que a sua saída da Seleção será algo natural e não anunciado.
“Se me convocarem eu venho sempre. Não tenho uma meta para dizer que vou acabar. Quando vir que não consigo mais e que o meu corpo não responde, vou parar.”
Habituado a estas qualificações e a fases finais, o guardião considera que a união em torno de um objetivo claro é o mais importante para estes dois jogos diante da República Checa, desvalorizando o facto de Portugal jogar as duas partidas em campo neutro.
“Temos de fazer o que temos feito até aqui. Unirmo-nos em prol do objetivo que é conquistar os seis pontos nestes dois jogos. Sabemos das dificuldades que nos vão impor, mas nós somos Portugal, os campeões da Europa e vamos lá para mostrar isso mesmo. Como é lógico, gostávamos de jogar em casa, mas agora também não temos público e acaba por ser como eram as outras qualificações – íamos para um país e jogávamos três jogos em quatro dias. Não vai afetar em nada o nosso rendimento.”
Sobre a integração de Edu, o guardião que alinha no clube espanhol Viña Alabi Valdepeñas, Vítor Hugo
“É bom [ter jogadores mais jovens a integrar-se]. É sinal que as coisas estão a evoluir e a correr bem. Já conhecia o Edu há alguns meses da liga espanhola e acho que o trabalho que tem vindo a realizar lá é muito bom. É sempre bom termos um português também a mandar, entre aspas, na liga espanhola.”
Edu diz que a integração na Seleção tem sido boa e que no caso particular de Vítor Hugo a sua boa disposição e o facto de der brincalhão também ajuda.
“Ele faz com que a família esteja mais unida e ajuda muito. Ajudou-me quando cá cheguei. Ajudou-me a entrar no grupo e vou ser-lhe sempre agradecido por isso.
Com 24 anos, soma cinco jogos por Portugal e cumpriu a sua primeira internacionalização em dezembro de 2019, em França. Espera poder atingir os números de Vítor Hugo.
“Aos poucos, já estou mais confortável e mais entrosado nesta família. No início era complicado, porque já toda a gente se conhecia. Jogam na mesma liga e eu vinha de fora e ninguém me conhecia. Se calhar só o Ricardinho me conhecia da liga espanhola. Mas estou cada vez mais integrado com esta família e com vontade de continuar a trabalhar para vir à Seleção, ganhar experiência e chegar às 65 internacionalizações do Vítor [Hugo].”
Vítor Hugo não esconde que a integração de Edu foi boa. “Os novos jogadores integram-se sempre bem, porque nós somos uma família que sabe acolher bem e acho que não houve problema com ele.”
Na receção à Polónia, em Mafra, Edu entrou pela primeira vez no cinco inicial e não escondeu que se tratou de um momento especial.
“Toda a gente gosta de jogar e ao fazer o primeiro jogo a titular pela Seleção, sente-se sempre um bocadinho de nervos, mas logo no primeiro minuto isso sai e queres é ganhar e ajudar a Seleção.”
Sobre os próximos jogos, Edu não espera facilidades.
“Sabemos vão ser dois jogos muito complicados, diante de uma Seleção muito forte. Sabem fazer bem as coisas, são fortes estrategicamente e a defender. São muito bem organizados. Vão ser jogos muito complicados, mas temos que olhar para nós e fazer o nosso jogo. Somos campeões da Europa e temos de trazer os seis pontos.”
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