Portugal teve de suar para ultrapassar a estreante Finlândia nos quartos-de-final, enquanto a Ucrânia surpreendeu o Cazaquistão.

Os quartos-de-final do UEFA Futsal EURO 2022 arrancaram com dois jogos emotivos esta segunda-feira. A estreante Finlândia ainda empatou o jogo por duas vezes frente a Portugal, detentor do troféu, antes de acabar derrotada por apenas um golo de diferença. Depois, a Ucrânia carimbou o passaporte para as meias-fianis pela quarta vez na sua história, 17 anos depois da terceira, ao levar a melhor sobre o mais cotado Cazaquistão.
A acção prossegue na terça-feira, dia em que a Rússia defronta a Geórgia pelo direito de medir forças com os ucranianos nas meias-finais e em que Espanha e Eslováquia decidem quem vai discutir com Portugal a outra semifinal de sexta-feira.
Caminho para a final
QUARTOS-DE-FINAL
Segunda-feira
Portugal 3-2 Finlândia
Cazaquistão 3-5 Ucrânia
Terça-feira
Rússia - Geórgia (16h00)
Espanha - Eslováquia (19h00)
MEIAS-FINAIS
Sexta-feira
Portugal - Espanha/Eslováquia (horário por definir)
Ucrânia - Rússia/Geórgia (horário por definir)
FINAL/JOGO DE ATRIBUIÇÃO DO TERCEIRO LUGAR
Domingo
Jogo de atribuição do terceiro lugar (13h30)
Final (16h30)
O detentor do troféu está apurado para as meias-finais, mas teve de suar muito para levar a melhor sobre uma das três selecções estreantes presentes nos quartos-de-final. A Finlândia pressionou cedo, foi a selecção portugues a marcar primeiro, aos quatro minutos, quando Pany Varela arrancou pela esquerda e cruzou para Afonso Jesus encostar para o fundo das redes, ao segundo poste. Afonso viria a bisar, depois, desta feita com um remate colocado na sequência de um livre cobrado por Bruno Coelho. Pelo meio, porém, a Finlândia tinha marcado e feito o 1-1, quando o capitão Panu Autio encostou com classe, bom o peito, a bola para o fundo das redes após livre de Alamikkotervo.
Portugal foi para o intervalo a vencer, então, por 2-1 graças a esse bis de Afonso Jesus, mas a Finlândia voltou a empatar, desta feita por intermédio de Autio, novamente na sequência de um livre. Só que Portugal não está invicto em jogos oficiais desde o Mundial de 2016 por acaso e retomou a vantagem no seguimento de um bom trabalho de Miguel Ângelo, que deixou para trás um adversário pela esquerda e rematou cruzado e certeiro para o 3-2. A Finlândia deu, depois, tudo para voltar a empatar, valendo a Portugal algumas excelentes defesas do seu guarda-redes, André Sousa. Após o encontro, o treinador da Finlândia, Mico Marti?, terminou a sua ligação de um ano à selecção.
Bruno Coelho, jogador de Portugal: “Já sabíamos que seria um jogo difícil. A Finlândia é muito forte fisicamente e joga muito bem. Eles são muito pragmáticos e sabíamos que ia ser difícil, mas estivemos sempre muito concentrados durante os 40 minutos e conseguimos vencer. Acho que merecemos todos os elogios porque mesmo quando sofremos os golos reagimos bem. Tivemos a inteligência para manter o controlo da partida e isso levou-nos à vitória."
Panu Autio, capitão da Finlândia: “Claro que estamos super orgulhosos. Melhorámos ao longo do torneio, talvez tenha sido uma surpresa para muitos termos avançado. Acreditamos que agora temos uma identidade, uma forma diferente de jogar futsal e mostrámos o que significa ter um colectivo forte no futsal. Quando se corre bem e se pressiona bem, pode criar-se dificuldades a qualquer adversário. Estou confiante de que a Finlândia pode continuar a melhorar ainda mais. "
Sem Taynan e Edson, suspensos, o Cazaquistão começou bem, mas a Ucrânia conseguiu segurar o ímpeto inicial do adversário e ganhou vantagem na conversão de um penálti ao 14 minutos batido com êxito por Petro Shoturma, após falta de Azat Valiullin sobre Ihor Korsen. Douglas Junior viu, depois, os ferros da baliza ucraniana negarem-lhe o golo por duas vezes e o intervalo chegou mesmo com a Ucrânia a vencer por 1-0.
No início do segundo tempo, Korsen ampliou, com enorme classe, essa vantagem, aproveitando um excelente passe de Mykhailo Zvarych, para, isolado, tocar a bola sobre Higuita e fazer o 2-0. O terceiro surgiu pocuo depois, num remate de Zvarych, mas Douglas Junior reduziu a sete minutos do final e abriu caminho a um final de jogo frenético. A dois minutos do fim Birzhan Orazov reduziu para 2-3 e o Cazaquistão voltou a acreditar que podia levar a decisão para prolongamento. Puro engano, porque no espaço de 48 segundos Volodymyr Razuvanov e Yaroslav Lebid marcaram de antes do meio-campo para a Ucrânia, aproveitando baliza contrária deserta. Orazov ainda teve tempo para marcar o seu sétimo golo no torneio, mas já não havia nada a fazer para o Cazaquistão.
Ihor Korsun, jogador da Ucrânia: "Sinto que estou a viver um sonho. Temos trabalhado muito para isto. Foi um grande jogo, com muita oportunidades para os dois lados, e é por isso que estou tão emocionado. Vamos encontrar mais energia para o próximo jogo – há coisas que talvez só aconteçam uma vez na vida, por isso vamos ter de dar tudo. Acreditámos desde o início. Estávamos prontos e desde o primeiro segundo jogámos para ganhar.”
Higuita, guarda-redes e capitão do Cazaquistão: "Custa muito perder assim. Tenho 35 anos e já passei por tanta coisa na minha vida, mas por outro lado fico feliz por ainda me sentir assim depois de tantos anos a praticar este desporto Estou triste, porque trabalhámos muito. Estou a chegar ao fim da minha carreira, mas quero muito ganhar este torneio. Procuramos sempre jogar o melhor futsal possível, para mostrar ao mundo o quanto evoluímos."
Estatística-chave: A Ucrânia colocou fim a uma série de cinco derrotas consecutivas em quartos-de-final que durava já desde 2005.
Terça-feira
Rússia - Geórgia
Espanha - Eslováquia