A Europa aos vossos pés! (Somos Bicampeões da Europa)



Na cidade dos diamantes, impera A Portuguesa. Portugal é Bicampeão da Europa, depois de entrar a perder por dois golos de desvantagem. Com uma entrada à campeão no segundo tempo e a estrelinha a aparecer, a seleção nacional faz história e é a primeira a conquistar Europeu-Mundial-Europeu.

Chegou o grande dia! 1457 dias depois da conquista de Liubliana, Portugal entrou em campo, pela primeira vez na história, para defender um título que lhe pertence. Frente à Rússia, Campeã da Europa em 1999, o histórico até se revelava favorável à nossa seleção: 5 vitórias, 4 empates e 4 derrotas em 13 jogos. Todavia, em competições oficiais, Portugal e Rússia apresentavam-se com duas vitórias cada, e um empate. O desempate teria de acontecer, e logo numa final de Europeu.

Para esta histórica partida, a 75.ª de Portugal em Fases Finais – destaque para as 99 vitórias em jogos oficiais – Jorge Braz não mexeu nos seus eleitos e voltou a apostar no cinco inicial composto por Bebé; João Matos, Pany Varela, Bruno Coelho e Erick Mendonça. Já Sergey Skorovich – que não pode contar com o lesionado Robinho, mas voltou a ter Antoshkin – apresentou o seguinte cinco: Dmitrii Putilov; Artem Antoshkin, Ivan Chishkala, Daniil Davydov e Andrey Afanasyev.

Na Ziggo Dome, os portugueses compareceram massivamente e o apoio nunca faltou à nossa seleção, naquela que foi uma final inédita entre estas duas seleções que, nas suas fileiras, possuíam 13 jogadores da Liga Placard – a Liga mais representada nesta final – o jogo começou bastante organizado, com a Rússia a ter mais bola e a dispor das primeiras ocasiões de perigo. Aos 8’, André Coelho cometeu falta sobre Afanasyev e, na cobrança da falta, Antoshkin rematou fortíssimo a rasar o poste esquerdo da baliza de André Sousa.

A superioridade russa ia-se avolumando e, aos 10 minutos, lá apareceu o golo inaugural da final (0-1). Passe vertical de Paulinho para Anton Sokolov, este domina perante a oposição de Pany, roda sobre o jogador do Sporting, e atira para o seu quinto golo neste Europeu. A bola ainda bate em Pany e acaba por trair André Sousa que, aparentemente, podia ter feito mais. Portugal continuava sem reação à supremacia russa e Jorge Braz pediu pausa técnica, apelando à calma e incentivando à ambição dos jogadores. Todavia, o tiro saiu pela culatra. Logo a seguir, mais uma jogada bem trabalhada pelos russos, Antoshkin recebeu no meio, deambulou para a esquerda e, na hora certa, serviu Andrei Afanasyev, que rematou rasteiro, de pé esquerdo, para o 0-2. Este foi o segundo golo e a quinta assistência para Antoshkin, que apanhou novamente a defesa portuguesa desposicionada.

Aos 17’, mais uma grande arrancada de Antoshkin, ganhou a frente a Afonso e rematou cruzado para grande intervenção de André Sousa. A resposta de Portugal lá apareceu à beira do intervalo. Primeiro, sob com uma grande jogada de Zicky, simulou sobre o adversário e rematou para defesa difícil de Putilov. A 81 segundos do intervalo, Portugal beneficiou de uma reposição lateral na direita, Bruno Coelho cobrou para Tomás Paçó, e o jovem do Sporting rematou de primeira para o 1-2. Putilov fica mal na fotografia e o português aproveita para marcar o seu segundo golo neste Europeu. O intervalo acabou por chegar, com a justiça a imperar no marcador e a esperança a pairar no ar, perante uma exibição paupérrima de Portugal. De um modo geral, Portugal parecia estar a disputar pela primeira vez uma final, tal foi a apatia demonstrada. Perdemos muitas segundas bolas devido à falta de agressividade e tivemos muito falhas ao nível do posicionamento em duelos, faltando dinâmica ofensiva.

Já no segundo tempo, Portugal apresentou-se com mais agressividade e outra postura, e aos quatro minutos, os russos já somavam três faltas. Aos 25’, grande passe de Pauleta a isolar Zicky, Putilov saiu-se para reduzir o espaço e, em desequilíbrio, o pivot atirou desenquadrado. Dois minutos depois, André Coelho rematou forte na cobrança de uma reposição lateral, Putilov voltou a vacilar, tocou na bola e Portugal igualou a partida (2-2)! Grande reação dos nossos Bons Rapazes na segunda parte, empatando a partida em menos de sete minutos.

A reação portuguesa continuou e, aos 32’, Miguel Ângelo recebeu um passe de Zicky, a meias com um corte russo, na esquerda, cruzou de trivela por baixo das pernas de um defensor e André Coelho apareceu ao segundo poste a fazer o 3-2! Portugal estava pela primeira vez na frente e o jogador do Barcelona estreou-se a marcar neste Europeu. A Rússia começou a apertar e Portugal lá se foi aguentando. Aos 34’, Abramov desferiu um remate fantástico a bola embateu na trave da baliza nacional.

Na reta final, o selecionador russo apostou no cinco para quatro e André Sousa impôs-se na baliza nacional. A um segundo do fim e depois de muito sofrimento, Pany isolou-se e, com a baliza aberta, fez o 4-2, confirmando que Portugal é Bicampeão da Europa! Pela primeira vez na história, uma seleção conquista Europeu-Mundial-Europeu.

Apesar desta conquista ser de todo um plantel e de toda uma nação, André Sousa, Bebé, Fábio Cecílio, João Matos, André Coelho, Bruno Coelho, Pany Varela e Tiago Brito estiveram nas três conquistas nacionais. Relativamente ao último Mundial, estes 14 mais Bebé somam também o título Europeu.

Da nossa parte, obrigado Campeões! E obrigado a si por nos ter acompanhado nesta longa caminhada que começou ainda na fase de qualificação. Estivemos em todos os jogos de Portugal e em todos os jogos do Europeu. Obrigado!


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