Ana Azevedo: "É sempre um orgulho estar aqui"

Capitã da Equipa das Quinas dá pontápé de saída na nova época, que arranca com dois jogos frente à Suécia.

A Seleção Nacional Feminina A de futsal já trabalha no Pavilhão Polidesportivo de Rio Maior, onde vai defrontar a sua congénere da Suécia, em jogos de preparação marcados para terça (19h00) e quarta-feira (18h00), com transmissão televisiva em direto no Canal 11.

No arranque dos trabalhos, os primeiros da equipa em 2023/24, a capitã Ana Azevedo mostrou-se entusiasmada com o regresso a um espaço que considera de elite e falou sobre a renovação geracional que a Equipa das Quinas atravessa. A experiente universal, de 37 anos, revelou ainda as ambições de Portugal para a nova época e pediu, do alto das suas 113 internacionalizações, que os portugueses apareçam em Rio Maior para apoiar a equipa frente às suecas.  

"É sempre um orgulho estar aqui. Fazer parte deste espaço de elite é um privilégio e cada jogadora convocada tem de estar consciente disso mesmo, para aproveitar a oportunidade. Isso passa por dar o máximo de si e mostrar toda a qualidade que se tem", começou por dizer Ana Azevedo.

Contando que "este novo ciclo de trabalho será uma caminhada de dois anos que vai desembocar no Europeu de 2024 e no primeiro Mundial Feminino de Futsal", a internacional portuguesa destacou a importância de uma boa preparação nos tempos que se avizinham. "Depois de três Europeus em que não atingimos o objetivo, temos de identificar o que correu menos bem e melhorar em todos os aspetos. Não é ficar obcecadas com o passado, porque quem fica preso no passado não evolui. É prepararmo-nos convenientemente para não falharmos na próxima grande ocasião", explicou.

Ana Azevedo não tem dúvidas de que Portugal "tem muita história para escrever no futsal feminino", mas garante que isso implica trabalho e muito esforço. "A história faz-se com muito trabalho, muita dedicação e querer. Viu-se isso na Seleção masculina [de futsal] e também na de futebol feminino: quando trabalhamos nos limites, quando somos sérias e competivas, quando somos uma verdadeira equipa, somos capazes do melhor. Se queremos ganhar grandes competições, temos de trabalhar sempre dessa forma, em treinos e em todos os jogos".

A presença de várias jogadoras jovens no estágio é, para a jogadora do Nun'Álvares, um processo natural. "A renovação geracional é importante e é natural que aconteça. A mistura da experiência com a irreverência da juventude costuma dar bom resultado", disse. 

Foto:FPF

"Acima de tudo, quem está bem nos clubes é quem merece estar aqui, independentemente de ter cem internacionalizações ou apenas uma. Este é um espaço privilegiado e é um espaço de e para todas, nomeadamente as que trabalham muito nos seus clubes e demonstram, jogo após jogo, que merecem ser chamadas", acrescentou.

Questionada sobre a mensagem que passa às atletas mais novas, a capitã da Equipa das Quinas foi clara: "Digo-lhes para não terem medo e serem elas próprias. Se foram chamadas é porque têm qualidade e merecem estar cá. Algumas chegam com medo de fintar como fazem nos clubes, mas não devem ter, porque foram chamadas devido às suas características."

"Dois jogos muito físicos"

Em relação aos jogos com a Suécia, Ana Azevedo disse esperar dificuldades para a equipa lusa: "Vão ser dois jogos muito físicos e isso pode causar-nos problemas. Temos de nos adaptar e impor o nosso jogo e a nossa identidade. Mais do que o resultado, o objetivo maior é melhorar o nosso processo".

No regresso da Seleção à ação, após cinco meses de paragem, a jogadora deixou um apelo ao público de Rio Maior: "Temos tido muita gente a apoiar-nos sempre que jogamos em Rio Maior. Estamos a contar com o apoio deles novamente, pois nunca nos desiludem. Esperamos que apareçam em grande número e nos ajudem a vencer a Suécia".