Antevisão do jogo 2 da Final da Liga Placard, por António Aires

JOGO 2

SC BRAGA X SPORTING CP

Que esperar? No mínimo outro jogo de imensa qualidade “futsalística” fazendo fé nos 40 minutos que ocorreram no Pavilhão João Rocha.

Não me recordo de um jogo de futsal, numa decisão do título, que decorridos 40 segundos, o jogo assinale no marcador 1-1. Recordo que a primeira parte terminou como começou, dentro do ultimo minuto, dois golos. Até aposto que os timoneiros Joel Rocha e Nuno Dias, desconfiaram por momentos, fazendo fé nas silhuetas e expressões faciais, se estavam num sonho ou num pesadelo. Adorei algumas situações que considero pertinentes para futura analise, que é a forma como se defende atacando quem faz subir o seu Guarda-redes. A minha sensação pessoal, é que ambas as equipas procuraram condicionar essa ação ofensiva, sobretudo naquilo que é a qualidade de passe e a tomada de decisão do mesmo. Não atuaram de forma passiva, mas procuraram após um equilíbrio defensivo, ser audaz na recuperação da posse de bola. Adorei!

Primeira parte foi fantástica, densa e prudente vivida numa mescla equilíbrios versus desequilíbrios tanto coletivos como individuais que resultaram em oito golos. Para o espectador apaixonado é bom para o treinador é horrível. É muito erro!

Na 2ª parte, o Sporting foi mais eficaz. Tornou-se robusto defensivamente e matador ofensivamente. Interessante verificar que o jogo de pivôs adquiriu mais mobilidade, não há um “fixar-se” em determinada zona do terreno quer Zicky e Sokolov dos Leões, quer Rossetti e Allan do Braga andaram por imensas zonas dentro das dinâmicas ofensivas em 3.1. No entanto foi agradável de observar, em linguagem de treinador situações de “meter no pivô e ir bater à cara”, que na minha otica, alguns golos nascem do facto do defensor ter os apoios mal colocados, dentro da posição básica defensiva, perdendo assim par e bola. O jogo teve muitos remates enquadrados entre os postes, quer de Sporting e Braga com ações decisivas por parte de Dudu e Henrique com defesas extraordinárias.

Verifiquei que nos esquemas táticos a defesa dos PC e LL em determinadas zona, com Braga privilegiar preferencialmente as situações de defesa individual, em oposição ao Sporting que variou entre as duas versões. Formidável

Por fim o Braga atacou praticamente 5 minutos na situação de 5x4 de forma reverter o resultado registado no marcador mas não foi feliz. Parece-me apesar da mobilidade e da dinâmica desta ação, com sobreposições e tentativa de quebrar linhas defensivas para ter superioridades numéricas ou na zona central ou lateral, carece de mais velocidade, variabilidade e sobretudo tentativa eficaz de finalização de forma surpreender o adversário.

Destaque para o VS, eu que sou um crítico desta tecnologia na utilização do jogo, gostei do uso dado à mesma, sobretudo do critério coerente utilizado pelos árbitros da partida. Lamento como adepto que tenha sido exclusivamente para ajuizar o “jogo de braços” de forma a punir ou despenalizar os infratores. Apetece-me dizer aos jogadores: - Joguem mas é à bola!

O jogo 2 acarreta responsabilidades para o Braga. Dado estatístico por onze vezes, o jogo 2 ditou empate na eliminatória, colocando as equipas em jogos em 1-1. Para terminar, teremos alterações nas convocatórias? E no xadrez em quadra? E aquela novidade estratégica? Quem vai surpreender quem? Zicky surgiu com algumas limitações na parte final do jogo. Robinho ficou pela bancada. Guerreiros do Minho têm que vencer, se deseja equilibrar esta final. Aproveitar o fator casa, onde só perdeu uma única vez. Do ouro lado da barricada o Leão quer começar a sentenciar este título em busca do Tetra campeonato, algo inaudito na modalidade em Portugal