Antevisão das meias-finais da Liga Placard de Futsal, por António Aires



Play offs - Meias-finais

Fantástica época. Com uns quartos-de-final equilibrados na dimensão competitiva e intensa no capítulo das vibrações emocionais, são um óptimo aperitivo para estas meias-finais. 

CR Leões de Porto Salvo x Sporting CP
O leão de Porto Salvo enfrenta o leão de Alvalade. Os da casa na sua décima presença em play offs marcam pela quinta vez lugar nas meias-finais. As duas equipas tiveram que realizar, curiosamente, três jogos para aceder à presente fase. A equipa de Nuno Dias vivenciou o sabor amargo da derrota diante do Zêzere, no primeiro jogo mas conseguiu, como é seu apanágio, ultrapassar com elevação e distinção os dois jogos realizados no seu covil. De facto, tem sido inúmeras as adversidades vividas pelo campeão na presente época, nota-se que a equipa “faz das tripas coração” e degrau a degrau, sabe qual o caminho para chegar ao “paraíso”, nesta que é a vigésima presença em play offs. Depois surgiu, na minha óptica “ruido” desnecessário com castigos federativos, como a suspensão do timoneiro Nuno Dias por 22 dias e os de Porto Salvo punidos com 1 jogo à porta fechada mas que depois por uma decisão cautelar, ficou tudo sem efeito. Os adeptos e o desporto dispensam estes “fait divers”. Interessa ao adepto o jogo em si, de ver a “ginga” de Zicky e a espectacularidade na hora de desenhar o golo. Gostamos é de ver o jovem capitão Ré, que efectuou mais de 250 jogos com a camisa verde, onde se sente juventude e alegria naquelas pernas no ir e no vir, no jogar futsal.
Os dois técnicos têm sonhos para realizar com os seus emblemas. Cláudio Moreira quer atingir pela primeira vez a final do campeonato. Nuno Dias deseja ser penta campeão. Na fase regular a equipa de Alvalade venceu os dois jogos e uma regularidade consistente no desempenho competitivo. Na baliza há segurança. André Sousa e Martim são essa garantia. Depois a equipa possui jogadores que permitem ao técnico mexer nas peças e ter dois quartetos, e mais uns pozinhos, de forma a manter o jogo em intensidades altas. Por seu lado, parece que Merlim está a mostrar a melhor fase do “feiticeiro” na presente época. Os pivôs, Zicky, Sokolov e Rocha, todos esquerdinos, oferecem na última fase de construção, garantia de golo. Depois temos as “gazuas” Pauleta, Taynan e Diogo Santos e os pilares, Tomas Paço, Ruben Freire, Wesley e Matos. Quem será o guarda-redes? Teremos as trocas nesse posto específico da baliza? Guarda-redes subido? Qual a equipa que “abusará” desta estratégia? Não duvido, que o jogo será jogado nos limites da “fisicalidade”, tendo por referência o critério utilizado pelas equipas de arbitragem. Os jogadores terão que ser honestos nestes “combates” pois o Vídeo Suporte estará disponível para todos os intervenientes. Qual será a cor verde a vencer? Bom jogo em perspectiva com os pormenores a ditarem o vencedor. 

SC Braga x SL Benfica
As cores vermelhas do norte e do sul enfrentam-se. O Braga é a sexta presença nas meias-finais. Por seu lado, o Benfica esteve em dezasseis finais em vinte edições. Quer marcar presença novamente. Ambas as equipas tiveram que “suar as estopinhas” para ultrapassar Fundão e Eléctrico. É verdade, que bastaram dois jogos nos quartos-de-final para eliminarem os seus adversários. Mas foram jogos que exigiram entrega e abnegação total. No Minho, caso Joel Rocha tenha o seu plantel na máxima força, o vice-campeão pode sonhar com uma noite de sonho. É o caso de Igor e Neves, porque ter dois pivôs na rotatividade, Neves e Rossetti, nestes jogos assume um peso considerável na estratégia e no processo ofensivo. Igor traz ao jogo verticalidade, potencia de remate, arte na construção defesa/ataque e disponibilidade física para os duelos defensivos e ofensivos. Sobrecarregar Tiago Sousa, Brito e Ricardo Lopes para estas ações rouba-lhes frescura para outras ações, em especial ofensivas. Henmi tem estado em bom plano. Bébe tem facturado. Cecílio e Brito são alucinantes na forma como pensam e reagem em comunhão. E por fim Dudu, que assumirá muitas ações ofensivas quando galgar metros na quadra, com a bola nos pés para construção ofensiva. Do lado contrário, Leo irá alinhar pelo mesmo diapasão, em muitos momentos do jogo, pois tem sido esta a forma mais utilizada, pelas equipas, para tirar pressão ao adversário ganhando largura e profundidade no capitulo ofensivo. Diego Nunes parece estar no melhor da sua forma. Chishkala apesar de estar de malas feitas, tem estado em plano de destaque, mas irá a jogo? Qual será o jogador que não entra nas contas deste jogo? Higor e Jacaré garantem a profundidade e o toque final para o golo. André e Afonso o equilíbrio defensivo. A dúvida residirá nos tecnicistas e velocistas dos corredores laterais, onde Lúcio e Arthur, em condições normais têm lugar garantindo. O jogo vai ser denso, com choque. Intenso e com alma a vibrar dentro e fora da quadra. A concentração e o controle emocional ditará o vencedor, pois essa será a equipa que quer individualmente como colectivamente vai decidir, em princípio, de forma mais correta.

Venham lá esses jogos.
Salte a bola.
Viva, o futsal

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